terça-feira, 3 de agosto de 2010

Como se dá o processo de criação na Moda


Convite

Dica do artista plástico e jornalista Enilson Costa

O CFDA ( Conselho de Estilistas de Moda da América), que junto com a Vogue criou a sete anos o CFDA /VogueFashion Fund. Trata-se de um fundo que ajuda designers Americanos emergentes a começar seu negócio de moda. Durante quatro meses eles recebem assessoria para começar a estruturar sua empresa. Esses são os felizardos:


Taí uma idéia boa pra se copiar, melhor que chupar editorial isso é. Bem que a Patrícia Carta podia adotar a idéia aqui no Brasil. A cena nunca esteve tão necessitada de uma atitude dessas. Com a quantidade de escolas de moda que tem no pais e gente talentosa querendo mostrar serviço, né?! Afinal a roda tem que girar e é sempre bom lembrar a moda vive do novo. 

Os caminhos da Criação de Moda



Para quem deseja saber como se dá e se processa a criação de moda,
leia o que se segue com muita atenção

A idéia dessa postagem surgiu quando estava assistindo ao Programa Happy Hour da GNT, apresentado pela Astrid Fontenelle devidamente assessorada por Fred Lessa que dá toda a fita sobre os testemunhos e comentários que os internautas compartilham on-line sobre o tema debatido.
No caso a data era 09 de junho de 2010 e o tema do programa era: “Estilo é Tudo.” Pra mim esse tema devia ser escrito com um bom ponto de interrogação. Isto se deu em concomitância com o SPFW (São Paulo Fashion Week).
De convidados estavam presentes: O estilista de moda Carlos Tufvesson, a Produtora de moda e Personal Stylist Manu Carvalho, a modelo e apresentadora Marina Dias devidamente respaldadas por Dário Caldas Sociólogo e Trend Hunter.
Tudo ia muito bem até surgir a infame questão sobre o que é estilo (de moda). As respostas foram um tanto vagas e de cunho pessoal. Não se ancoravam em nenhuma definição clara do sobre o que é estilo; como se reconhece um ou como se dá esse advento tão discertivo.
Claro que no primeiro intervalo enviei um E-mail com a resposta que foi premiada com uma resposta automática sem que fosse ao ar deixando boa parte do público pensante a ver navios. Eis a troca de mensagens: 
   
“Happy Hour
 para mim
mostrar detalhes 10 jun
Olá, Marcos!

Muito obrigada pela participação.

Continue sempre contribuindo com o programa. Afinal, isso é muito importante para a gente.

Atenciosamente,
A Equipe do Happy Hour
http://gnt.globo.com/Happy-Hour/

________________________________________
De: Marcos Borches [
marcosborches@gmail.com]
Enviado: quarta-feira, 9 de junho de 2010 19:41
Para: Happy Hour
Cc: Canal GNT
Assunto: Fale conosco: Happy Hour

Mensagem enviada em: 9/6/2010 às 19:41.

Nome:  Marcos Borches

Email:  
marcosborches@gmail.com

Mensagem:
O estilo é sim uma marca pessoal como disse o Dario. E se define pela forma como uma se soluciona visualmente. Reconhece-se um estilo quando há uma repetição na forma de se solucionar um designe ou look final. A atitude está sujeita ao comportamento que se deseja, mas sempre, a solução será calcada nos conceitos construídos a partir do que internamente essa pessoa acredita que expresse melhor sua individualidade, sua experiência de vida e o que o marcou internamente. Seu ponto de vista exposto nessa individualidade é o que o  torna único. O paradoxo é que somos únicos, cada ser. Só que essa segurança só vem com o despertar de uma sabedoria mais profunda.






Essa conclusão não é de todo minha. Em 1992 um sociólogo Frances chamado Alain Soral publicou um livro chamado “La creation de Mode” Comment comprand maîtrises et créer La mode, em 1993 ele esteve no Brasil trazido pelo SENAC-SP par um ciclo de palestras sobre o tema.
Para Soral a Criação resulta de uma análise e de um corte da história da moda, intuitivos, porém comuns ao conjunto dos criadores.
É exatamente por isso que antes de estudar a criação em si, devemos começar por distinguir as diferentes partes da história sobre as quais ela se apóia.
Para a Criação, a história da moda se articula em três tempos:

ANTES, DURANTE E DEPOIS DO ”PRÊT-À-PORTER”.



ATÉ 1965:
Antes do “Prêt-à-porter
Até 1965, a sociedade do tipo burguesa era constituída por dois grupos sociais opostos, que se vestiam de maneiras completamente diferente e correspondiam a dois tipos de criação completamente separados:
A alta costura de uso exclusivo feminino correspondendo a um critério estético e a roupa de trabalho, necessária as massa trabalhador, majoritariamente masculina e correspondia a um critério funcional.
Vale lembrar que a alta costura, apanágio exclusivo da grande burguesia é imitado pelas classes inferiores. E este trabalho era feito pelas costureiras.
A roupa masculina, tendo como origem a indumentária de trabalho, obedece ao princípio inverso e corresponde a uma concepção totalmente oposta do vestuário feminino. Obedecendo a um imperativo utilitário e quanto mais baixo é a sua categoria social mais a roupa do homem é funcional e uniforme.
A roupa estética e personalizada do homem de uma categoria social mais elevada é o terne feito sob medida em uma alfaiataria.    

A diferença Feminino/ Masculino

A sociedade burguesa clássica impõe, portanto as seguintes associações:

Feminino = ocioso = frívolo = alta costura estética.

Masculino = trabalho = vestuário social funcional.

Deste modo, estético na se define como aquilo que é belo, o belo sendo subjetivo, mas como aquilo que é liberado do imperativo funcional.


Por volta da década de 1950 a França toma contato com o “Ready-to-wear” e o Sportswear Norte Americano que teve início por volta da década de 1935e em 1965, a expressão “Prêt-à-porter” substitui a palavra confecção dentro da linguagem corrente dando lugar a uma mudança anedótica de vocabulário que corresponde a uma mudança mais profunda: a integração do vestuário à era industrial como já ocorria nos USA.
A completa industrialização do vestuário implicava na sua submissão ao imperativo fundamental da fabricação em séria: o modelo único.
A história do “prêt-à-porter” nada mais é que o processo de unificação dos diversos modelos de roupas da sociedade burguesa clássica em um modelo único e industrializável.

O UNISSEX
A primeira etapa em direção a uma roupa padronizada é a ultrapassagem da diferença existente entre o feminino, associado à alta costura, e o masculino, associado ao vestuário social.
Essa falta de diferença entre o feminino e o masculino é realizada pela moda unissex. Correspondendo ao desejo de liberação dos costumes dos anos sessenta, a moda unissex cria uma roupa que tanto pode ser usada pelo homem quanto pela mulher.
Feminino logo estético, masculino logo funcional, o vestuário unissex é literalmente uma “bonita roupa de trabalho”.       



A CLASSE MÉDIA
A meio caminho do homem e da mulher, do funcional e do estético, a roupa unissex é também a roupa do trabalhador braçal e a do intelectual.
O lugar desse trabalho intermediário, tanto braçal quanto intelectual, (e essa característica tanto masculina quanto feminina) é o setor terciário, majoritário na França em 1965 e gerador da classe média. A roupa unissex é, portanto a roupa social sem diferenças e igualadora da classe média.

O UNIVERSAL
A aculturação americana do mundo ocidental, devido ao resultado vitorioso dos mesmos na Segunda Guerra e a internacionalização das idéias, devido às mídias modernas, impõe a todos os países industrializados uma situação análoga: uma classe dominante, um setor terciário majoritário e um anseio geral de liberação dos costumes: O vestuário unissex da classe média conquista, portanto quase que obrigatoriamente título de roupa universal. 

O ADOLESCENTE 
Para chegar até o modelo unificado, a roupa tem ainda uma última fronteira a abolir: a fronteira que separa o adulto da criança.
O “prêt-à-porter”, aqui como em todo lugar, age no meio tempo pela falta dos extremos.
O meio termo entre o adulto e a criança é o adolescente.
A roupa do adolescente torna-se, portanto o traje com traços em comum ao vestuário do adulto e ao da criança. Ela corresponde à nova palavra de ordem da sociedade burguesa do “prêt_à-porter”: “ser jovem”.  



A partir de 1965, é aos jovens que o “prêt-à-porter” confira na realidade o papel de criadores de modas. E em 1965, a única criação adolescente suscetível de ser imitada no que concerne ao vestuário, é a cultura rock.
O modelo “prêt-à-porter” se vê, portanto na obrigação de encontrar uma nova fonte de inspiração se quiser assegurar sua renovação.

A DINÂMICA DA MODA
A partir de 1965, a criação de moda desenvolveu-se da seguinte forma:
Os Descolados, minoria de vanguarda, criam a moda opondo-se à sociedade e à classe média desta mesma.
Les Minets”, mais ou menos dois anos depois, adapta a moda descolada à classe média, fazendo-a chegar desta maneira ao patamar de moda no sentido de “Prêt-à-porter”.
Finalmente os Clássicos, recusando primeiramente qualquer moda nova que aparecesse assim como toda e qualquer vulgarização acabam, dois anos depois, por adotar as criações de moda compatíveis com o classicismo.    
É, portanto aos Clássicos que caberia o papel de decidir dentro moda o que passaria de moda e o que estaria dentro da moda, e separa dentro dela o que é básico e o que é acessório.     

A MODA, CONCEITO GLOBAL RECENTE
O francês do século XVIII possui uma silhueta bem determinada e bem característica quando se leva em conta a sua extração social, a saber, o burguês e o camponês.
A mulher ocidental de 1930, passível de ser identificada como a mulher 1930 alta costura, é representada tão somente por uma pequena maioria das mulheres dos anos trinta, pois a maioria vestia-se mesmo era com roupas de trabalho sem nenhuma relação com a alta costurada época.
A partir de 196, a sociedade burguesa moderna, com sua classe universal, com seu fenômeno de mídia e seu “prêt-à-porter” unificado, permite à moda chegar pela primeira vez ao patamar de conceito global: a mulher 1970 (ou homem 1980) evoca uma silhueta idêntica em todo o conjunto do mundo social ocidental.
Mas essa globalidade recente não nos deve fazer esquecer que é perfeitamente impossível comparar a moda da época de Luis XIV, a moda dos anos trinta e a moda de hoje em dia, como se isso tratasse de dados de uma ordem.

A RUPTURA PUNK E A REAÇÃO DO NEW WAVE




O “prêt-à-porter” uniformizado dentro da roupa esporte e regenerado pelos movimentos da moda pop, vê sua fonte exaurir-se em 1976 com a chegada do movimento Punk.
O Punk significa na realidade a rejeição pelos adolescentes de uma época pop que envelhece e não pode mais ser considerada como uma emanação da juventude.
E em 1978, entre os mais descolados, chamados “new waves”, surge uma categoria de criadores dupla cultura, moda e rock, batizados de “jovens criadores”.
Esses jovens criadores compreendem que sociedade burguesa clássica, rejeitada pelo “prêt-à-porter”, constitui uma reserva de criações quase inesgotáveis, por menos que se desalojem mesmas de seus significados sociais passados.
A partir desse momento torna-se possível conciliar os contrários: dar indistintamente à classe média, a alta costura e o vestuário social da sociedade burguesa.

AS CATEGORIAS DE JOVENS

Mas a moda pop não é construída de uma só categoria de jovens.
Para enumerar os modelos de “prêt-à-porter”, isto é as diferentes variantes da roupa esporte, devemos fazer uma análise de categorias de jovens concorrentes dentro do próprio movimento pop assim também uma ficha da evolução daqueles grupos.

OS CRIADORES DE MODA: “OS DESCOLADOS” (LES BRANCHÉS)
Contra a sociedade burguesa clássica e contra a sociedade burguesa moderna do “prêt-à-porter”, o “Descolado” de 1965 é a figura do Hippie. Herdeiro do rock’n roll e inventor do pop music, ele cria os seus modelos fora da sociedade à qual ele se opõe.
O Hippie, o primeiro “Branchés” a aparecer, evoluirá no tempo e tornar-se-á sucessivamente o Baba, o Rasta, O punk e depois o New Wave...

OS SEGUIDORES DA MODA: LES MINETS (TEENAGERS, ADOLESCENTES DE 13 A 19 ANOS DE IDADE)
Contra a sociedade burguesa clássica e a favor da sociedade burguesa moderna do “prêt-à-porter”, “Les Minets” seguem “Les Branchés” à distância e recupera a parte de sua criação adaptável à classe média. Ela é o agente vulgarizador da moda pop.
“Les Minets” pop, a primeira a aparecer, evoluirá no tempo e tornar-se-á sucessivamente Ringard, Disco, Punk Diffusion e finalmente “Les Minets” descolados.

OS OPOSITORES DA MODA: OS CLÁSSICOS
A favor da sociedade burguesa e contra a sociedade moderna do “prêt-à-porter”,
O Clássico, chamado hoje de B.C.B.G. (Bon Chic,Bon Genre) – uma pessoa que é chique e faz gênero ao mesmo tempo – é o excluído da moda pop.
Verdadeiro sobrevivente da sociedade pré – 1965, ele interpreta o papel inversos dos “Minets” vulgarizadora, obtendo a posteriori a dimensão clássica de cada moda.
O clássico deu sucessivamente do Hippie na forma Clássico 1970 e a sua versão clássica do New Wave do B.C.B.G.

A cultura rock nasceu por volta de 1955 nos EUA com início do rock’n roll. Ela conquista o status de cultura extra-musical e torna-se um movimento mundial por volta de 1965, com o pop music e a moda pop vinda da Inglaterra.

Com o “prêt-à-porter”, a moda pop criada pelos jovens toma o lugar da alta costura e do vestuário social, para tornar-se a única inspiradora relativa à indumentária.

A PARTIR DE 1986

A partir de 1960, os criadores vão encontrar duas soluções para a impossibilidade de estender a criação ao retrô 70:
-A criação imitação cada vez mais precisados modelos invocados pelo retrô. Para fazer a cópia retrô chegar até o nível do original, a Criação deve conseguir dar à roupa a qualidade da fabricação artesanal de outrora, apesar de sua fabricação em série.
Esse processo, essencialmente qualitativo, corresponde à tendência clássica da criação.
-A criação pela transformação dos modelos já citados pelo retrô. Esse processo, antes de tudo qualitativo, faz destacar do desenrolar da Criação, as categorias teóricas que a compõem.


AS CATEGORIAS TEÓRICAS DA CRIAÇÃO

O ESTOQUE DE IMAGENS DA CRIAÇÃO

As categorias de roupas utilizadas pela Criação são de número cinco: “RÉTRO”, “SOCIO”, “ETHNO”, “ADO” e “TECHNO”. Essas categorias constituem a totalidade das categorias de roupas utilizadas pela Criação.
O conjunto das imagens de moda que contém a soma destas categorias se constitui no que chamamos: O ESTOQUE DE IMAGENS DA CRIAÇÃO.

RÉTRO







A categoria “Rétro” compreende o conjunto das criações relativas ao vestuário da alta costura, das costureiras e dos alfaiates. Roupa estética, submetida às evoluções brutais dos estilos da alta costura as roupas “retro” são chamadas assim porque pertencem totalmente a uma época bem definida de tempo.

SOCIO









A categoria “socio” compreende o conjunto de roupas de trabalho: uniformes militares, indumentária de corporações e roupas esportivas. Roupas funcionais, submetidas a evoluções bem mais lentas que as roupas “retro”, as roupas “socio” são assim chamadas porque, qualquer que seja a sua evolução histórica, a sua visualização remete imediatamente a uma função social precisa e quase atemporal.

ETHNO










A categoria “Ethno”, extensão geográfica das duas precedentes, compreende o conjunto das criações de roupas folclóricas, colônias e exóticas. Sua imagem remete a uma cultura territorial
precisa.

ADO






A categoria “Ado” compreende o conjunto das roupas fantasiosas da cultura rock. Nem “retro” nem “socio, por serem posteriores às divisões da sociedade burguesa clássica, as roupas “ado” são assim chamadas porque são a criação especifica dos adolescentes e estão diretamente ligadas a movimentos musicais da cultura de rua.

TECHNO







A categoria “Techno” compreende o conjunto das criações atuais de vocação modernista. Por mais moderna e atual que seja toda a roupa está fadada pelo próprio passar do inexorável do tempo. Assim sendo, o “techno” pode ser definido paradoxalmente como retrô que está por acontecer.
As roupas “techno” são assim chamadas, porque a única modernidade indiscutível de uma criação não é mais sua forma, sempre passível de ser datada dentro do retrô (moderno é um adjetivo que remete à numerosas formas passadas), mas sim o seu material e a sua técnica que são indiscutivelmente modernos, a não ser estes últimos já tenham existido anteriormente.
O nylon, hoje considerado retrô, foi a criação “techno” dos anos 1950, o tecido Kevlar é uma criação “techno” atual.
(Desde o início dos anos 1980, as criações “techno” são comumente chamadas “high-tech”)

O estoque de imagens é a memória da criação de moda; mas ele só é permitido à criação através da citação.
A extração pura e simples de uma de suas imagens e a sua repetição dentro do reto, para dar vida a esta memória inerte e criar a partir de roupas novas, é necessário ali introduzir operações.
Essas operações, chamadas de “princípios criativos”, que abordaremos daqui para adiante.

Os princípios criativos que permitem criar roupas novas, a partir de outras que já existem dentro do estoque de imagens, são igualmente em número de cinco:
A Transferência, a Inversão, a Transposição e a Qualificação.

A TRANSFERÊNCIA




O princípio criativo da transferência consiste em integrar uma imagem de moda tal como ela é em um domínio que não é seu.
Ex: Uma camisa indiana, quando é vestida junto com um terno, torna-se uma criação por transferência.

A INVERSÃO



O princípio criativo da inversão é um caso particular da transferência. Este princípio consiste em integrar uma imagem de moda tal como ela é: em um domínio oposto ao seu.
Fazer uma roupa de trabalho um traje elegante é uma criação por inversão. A inversão mais corrente é a inversão masculino/feminino. Ela consiste na maioria dos casos em fazer uma mulher vestir uma roupa de homem.

A TRANSPOSIÇÃO




O princípio criativo da transposição é uma versão enriquecida dos dois precedentes. Este princípio consiste, em lugar da simples transferência, em adaptara imagem de moda ao seu novo domínio.
O terno masculino vestido pela mulher é uma criação por inversão, enquanto o tailleur, versão feminina do terno, é uma criação pela transposição do terno do homem para dentro do universo feminino.

A COMBNAÇÃO




O princípio criativo da combinação consiste na sua versão a mais ampla possível, em misturar duas imagens de moda para obter uma terceira.
Quanto mais as imagens misturadas são de domínios distantes entre si, mais a nova imagem resultante daquela mistura é diferente das imagens de origem, e mais forte é a criação. É o “cuml paradoxal”.
A saia-calça é uma criação pela combinação de uma roupa de mulher (a saia), e de uma roupa de homem (a calça).
Se as combinações simples necessitam unicamente de duas imagens de moda, outras combinações mais complexas podem misturar várias delas. Assim sendo, as roupas das coleções dos estilistas atuais mais modernos, são freqüentemente criações feitas pela combinação de quatro temas “ethno”, da Ásia, da África, da Arábia e da América Latina.
Lembrando que o excesso de referência é marca registrada da decadência de uma cultura. Basta lembrar o helenismo, rococó, o iluminismo, o pós-moderno e assim por diante. Eu os classifico como decadentistas.   

A QUALIFICAÇÃO

A imagem de moda, saída tal e qual do estoque de imagens, ou transformada por um ou vários princípios criativos, pode ser modificada por uma qualificação de preferência “fun” do inglês: divertido, engraçado ou “fin” do francês: finesse, finura, delicadeza, refinamento.

A qualificação fun antes de tudo é caricatural, dá ênfase aos opostos com o objetivo de dar à criação uma dimensão provocante e que passa dos limites.
Fazer uma mulher vestir um terno masculino, de medidas demasiado grandes, é uma criação (por inversão) fun.
A qualificação fina orienta antes de tudo na síntese e no equilíbrio, atenua os opostos com o objetivo de dar à criação uma dimensão discreta e sofisticada.
Fazer uma mulher vestir um terno masculino, perfeitamente dentro de suas medidas, é uma criação, por inversão, fin.
Devemos acrescentar finalmente, aos princípios criativos acima, a Transferência, a Inversão, a Transposição, a Combinação e a Qualificação fin/fun, para que a lista esteja completa, o sexto princípio o anti-criativo: A Restrição.

A RESTRIÇÃO




A mulher e o homem não se beneficiam com os mesmos direitos quando se fala de vestuário.
A sociedade, na realidade, permite à mulher certa masculinidade, porém ao homem ela nega categoricamente o direito à feminilidade. Este imperativo restritivo da sociedade burguesa nos faz produzir o nosso sexto princípio: a roupa feminina tem o direito de seguir (funcionalidade masculina), ou não (estética feminina) as linhas do corpo, enquanto que a roupa masculina, se ela afastar-se das linhas do corpo, seja para fora (muito ampla) ou Para dentro (muito estreita) deixará de ser uma roupa masculina, para tornar-se uma roupa efeminada e moralmente desvalorizada.
Assim, a restrição imposta pela desigualdade feminino/masculino não permite, por exemplo, ao princípio criativo de inversão de funcionalidade nos dois sentidos.
É muito mais difícil fazer de um tipo de roupa feminina um tipo de roupa masculina do que o inverso.
E para provar isso basta ver a profusão de calças femininas e a raridade de sais para homens. Apesar dessa restrição, o estoque de imagens munido dos cinco princípios criativos, permite a criação de modelos de uma variedade quase ilimitada.

Mas quais são, dentre essa infinidades virtual, as criações aptas a ditar moda?
Esta pergunta, independente da criação, determina, contudo a sua difusão tributária como criação em série do “prêt-à-porter”. Ela nos leva para dentro da área da supremacia sociológica da moda.
A interpretação da moda, que consiste em escolher entre várias idéias criativas concorrentes, aquela que deveria ditar a moda em um dado momento, existe sob duas formas:
- A Interpretação da moda pelo criador, que coordena a orientação da criação e lança a moda;
- A interpretação da moda pelo cliente, que por sua vez interpreta a interpretação do criador e determina a moda usando-a.


A INTERPRETAÇÃO DA MODA PELO CRIADOR

O ESTILO E O ALVO

O estilo do criador é a repetição, com menos ou mais variações, de seu período de adequação à modernidade.

Ele corresponde a sua interpretação maior da moda. Levando em conta três exemplos representativos de gerações de criadores que coexistem atualmente, vamos tentar mostrar como a análise do estilo de um criador permite determinar qual o seu alvo natural.

OS CRIADORES E SUAS CATEGORIAS DE CRIAÇÃO

Existem cinco grupos de categorias de criação de moda; Os Sofisticados, os Estetas, os Moderados, os Clássicos e os Intocáveis. O que define cada grupo é a importância dada atributos definem a criação como tal (shape, silhueta, cores, estampas, matérias e acabamentos) e terminam por influir de maneira direta na forma como seu produto é identificado.
Aqui os estilos são definidos pela forma como cada grupo soluciona sua criação, quais os itens que mais importam para ele e a forma como ele repete e revê essas repetições é o que faz com que seu estilo seja reconhecido.  

OS SOFISTICADOS (OS CRIADORES)
Esse grupo é formado pelos criadores autorais, aqueles criam sua tendência de moda. Para eles tudo é importante. Sua criação lança mão de todos os recursos disponíveis ou não porque sua criação é baseada sobre o conceito do absolutamente “NOVO”. Todas as cores, matérias, formas e detalhes, são importantes para eles. Eles têm menos obrigações com o lado operacional da moda e mais com o lado criativo. O conceito, a idéia está acima de tudo.
Compõe o pequeno círculo da alta costura e parte do prêt-à-porter de luxo, o midi- coture e novos nomes.

OS ESTETAS OU LANÇADORES (PRÊT-À-PORTER DE LUXO)
Para esse grupo o que mais importa é a forma. Eles tentam aproveitar ao máximo esse componente na criação de uma coleção. Mesmo sendo as cores, estamparia e matérias consideradas importantes não chegam a ser determinantes na criação. Para esse grupo é importante estar inseridos no contexto de moda enquanto lançamento. Tendo a forma como elemento importante o foco fica na modelagem e na escolha de matérias de qualidade assim como acabamentos.
Esse grupo é composto por parte das grifes do prêt-à-porter de luxo e do prêt-à-porter.

OS MODERADOS OU DIFUSORES (PRÊT-À-PORTER BOUTIQUE)
Para eles, as cores e as estampas são os elementos de maior importância no processo de criação. As formas e matérias variam pouco, visto que seu foco é voltado todo par o comércio em larga escala. Seu maior compromisso é com custo de produção e com o consumidor final que não absorve mudanças radicais. Então de uma estação para outra eles guardam algumas formas básicas e acabam forçando nas cores e estampas por serem recursos de baixo custo.
Esse grupo é composto por marcas de moda de grande difusão e pelas lojas de departamentos dos grandes magazines.

Esse grupo tem o foco nas matérias, dando pouca importância às formas, estampas e cores.
Apesar das estampas, cores e formas estarem em uma posição inferiores para esse grupo, elas pode ser trabalhadas num limite razoável. Somente na medida para se enquadrarem em uma tendência recorrente ou não destoarem das propostas dos grupos anteriores.
Esse grupo é composto por marcas de moda contemporânea e grifes voltada para um público com mais recalques e que não suportam mudanças bruscas.

OS INTOCÁVEIS
Nesse grupo quase não há criação sobre estampas e cores. O foco é sobre as matérias e as formas. Há muito pouca inovação nas coleções de uma estação para outra.  Mesmo no que diz respeito a formas e matérias. As cores são quase atemporais e permitem apenas umas poucas variações que indicam uma mudança de estação, assim como as formas.
Esse grupo é composto em sua maioria por marcas masculinas contemporâneas. As marcas femininas que o compõe são marcas imagem altamente recalcadas que na suportam qualquer tipo de mudança.

A COLEÇÃO “STANDARD”

O estilo do criador é o ponto de partida da coleção. O estilo assegura à coleção a sua personalidade assim como limita o seu alcance comercial. Para que a coleção tenha um alcance maior o deverá apresentá-la em duas versões anexas:
-Uma versão clássica, mas discreta e menos efêmera, que lhe atrairá uma clientela B.C.B.G. (Bom Chic Bom Genre)  com um grande poder aquisitivo e que contribuirá para estabelecer a perenidade de sua marca.
-Uma versão rejuvenescida, menos de vanguarda, mais barata e para ser largamente difundida assegurando o sucesso comercial da mesma. 





OS CRIADORE E SEUS GRUPOS ESTILISTICOS

Bom, então como vimos até agora já dá para deduzir: - Os criadores quando criam usam bancos de imagens de grupos específicos (SOCIO, RÉTRO, ADO, ETHNO e TECHNO). De acordo com o grupo de banco de imagens que mais usam são classificados em grupos de criação (SOFISTICADOS, ESTETAS, MODERADOS, CLÁSSICOS e INTOCÁVEIS).
É sabido também que mesmo sendo a criação algo impossível de se mapear, enquanto talentos individuais podem reconhecer os “Princípios criativos” e suas qualificações (TRANSFERÊCIA, IVERSÃO, TRANSPOSIÇÃO e COMBINAÇÃO, que podem se qualificar em FUN OU FIN), havendo ou não o princípio restritivo.
Agora vamos estudá-los por grupos de estilo. Atualmente reconhece-se doze grupos estilísticos:


OS GRUPOS ESTILÍSTICOS 

OS FLAMBOAYANTS

Esse grupo de estilo se caracteriza por fazer uma criação de moda rebuscada e cheia de referências. Em sua visão a roupa dá uma aula a respeito do que os inspirou. São opostos ao minimalismo e normalmente muito inventivos.

OS MIX AND MATCH

Como o próprio título os altorga misturam e mechem em tudo. Esse grupo de estilo se caracteriza por fazer uma criação de moda onde se mistura vários grupos do banco de imagens além é claro, de lançar mão de vários princípios criativos e não se restringem em usar o princípio restritivo. Invariavelmente se qualificados como FUN.


OS VANGUARDISTAS

Esse grupo de estilo se caracteriza por fazer uma criação de moda avant- garde. Sua moda visa o futuro e faz com que as criações de modo geral dêem um passo à diante. Ser de vanguarda não quer dizer necessariamente que só utilizem o grupo de imagem TECHNO. Na realidade sua visão abrange todos os aspectos na construção de um modelo. Seus shapes respeitam o corpo mas valorizam o designe antes de tudo.
Ex:  Martin Margiela, Hussein Chalayan, Helmut Lang, Gareth Pugh, Jefferson Kulig, Fernanda Yamamoto e Central Saint Martin. (entre outros sendo sua maioria os novos estilistas saídos das grandes instituições de ensino)

OS CONTEMPORANEOS

Esse grupo de estilo se caracteriza por fazer uma criação de moda que esteja em concordância com o moderno vigente. Sua moda normalmente sai de ambientes que um dia foi vanguarda e agora é atual. Têm sempre a preocupação de se inserirem num contesto “futuro mais que perfeito” já.

OS SAVOIRE FAIRE

Esse grupo de estilo se caracteriza por fazer uma criação de moda que prima pelo “fazer bem feito”. É a criação que quando se olha sabe-se que é feito por quem tem prazer de fazer um trabalho primoroso. Com riqueza nos detalhes e acabamentos. Nesse grupo se encontram os grandes mestres da alta costura.

OS CONSTRUTORES

Esse grupo de estilo se caracteriza por fazer uma criação de moda trabalha na construção do modelo como se fosse uma escultura, look a look. E este é concebido com muito trabalho de lapidação do shape. Invariavelmente trabalham técnicas elaboradas de moulage e o resultado final nunca é muito fácil. O trabalho d construção da forma implica em estudo sobre estudo.

OS ARQUITETOS

Esse grupo de estilo se caracteriza por fazer uma criação de moda arquitetural. Ou seja, enquanto os construtores partem da forma para o corpo os arquitetos têm sempre o corpo como ponto de partida. Suas formas respeitam as formas do corpo na construção do shape como princípio estrutural. As matérias são usadas não para construir uma nova forma, mas sim valorizar a forma do shape natural do corpo.


OS CONSERVADORES

Esse grupo de estilo se caracteriza por fazer uma criação de moda que conserva os princípios básicos de que acredita e defende. Suas criações nunca sofrem por arroubos estilísticos. Sua moda preserva o conceito que a fez e é muito fácil de ser reconhecida. A mudança só é incorporada à sua criação de forma quase homeopática.
Ex: Lacoste, Ralph Lauren, Michael Kors, Chanel, Azzaro, Armani, Hois Clos, Reinaldo Lourenço e boa parte das marcas de moda masculina e beachwear.

OS OXIGENADORES DE MARKETING

Esse grupo de estilo é composto por um sem fim de marcas de moda que não põem em evidência um criador e sim uma marca, ou grife de moda como preferem. Essas marcas se posicionam com os criadores para oxigenar a sua própria imagem e com isso alavancar vendas. É a estratégia comercial e de imagem que realmente importa.


O DECADENTISMO

Há de se notar que a moda hoje é ultrademocrática, tudo pode e tudo se faz. Claro que, se respeitando alguns critérios básicos, o que é extremamente produtivo por respeitar antes de tudo a criação e o desejo de se criar. Nesse sentido a moda nunca esteve tão próxima do conceito de arte.
Todo esse excesso que se tem visto caracteriza a decadência do fim de um período. Pois como já dito antes é o excesso que caracteriza o fim de um período. Não sei quanto isso vai durar ou se vai acabar. O que sei é que é muito legal presenciar esse caleidoscópio de cores, formas e conceitos.      


A INTERPRETAÇÃO DO LOOK PELO CLIENTE

A moda renovada pela interpretação do criador que ali imprime o seu estilo é também interpretada pelo cliente que escolhe na moda o seu look.

O LOOK
O look é a criação do cliente, a maneira pela qual ele compõe com as diferentes correntes da moda, dando a este a sua interpretação pessoal.
Mas, desde o advento do “prêt-à-porter”, essa interpretação, por mais individual que seja, inspira-se sempre de um dos três looks de base impostos ao conjunto da moda pelas categorias de jovens: o look jovem sofisticado ou o look clássico. Esse look de base, o cliente poderá personalizá-lo com a ajuda de acessórios.
Esta interpretação individual da moda pela utilização de acessórios distintos os look de base nos leva a distinguir dois tipos de roupa que entram na composição do look: o básico e o acessório.

O LOOK E O ACESSÓRIO
O básico é antes de tudo a roupa funcional, que adquiriu uma certa perenidade dentro da sua categoria de moda, e que é reconhecido como tal pelas outras categorias. Atravessando as modas, sobretudo discreto, o básico é utilizado como pano de fundo na composição do look.
O terno e o tailleur 1960 são os básicos descolados dos anos oitenta, o jeans, o sweat-shirt e o blusão são básicos dos adolescentes, a calça de flanela e a saia plissada, os básicos clássicos.
O acessório, ao contrário do básico, é uma roupa pouco funcional, sujeita ao envelhecimento rápido e sobretudo chamativo. O acessório é o toque de funcionalidade e de fantasia que personaliza o look individual.
Um casaco do tipo cruzado com doze botões, uma camisa sem colarinho ou uma calça de homem com oito pregas são, sob o ponto de vista desta definição, acessórios que estão em pé de igualdade com as gravatas e os brincos.
Só o tempo poderá dar a prova de que uma criação possui as verdadeiras qualidades de um básico.
Uma roupa, portanto só pode adquirir o titulo de básico a posteriori.
A moda efêmera quando gera uma proporção de acessórios bem superiores a proporção de básicos que vivem em um ritmo muito mais lento que o ritmo das coleções, faz parecer com que estas últimas, em sua grande maioria não passem de meras e hábeis justaposições de acessórios.
Entretanto, somente a criação de um básico confere ao seu criador um estilo indefectível.  E como prova disto está o tailleur de Chanel, a mini saia de Mary Quant o sloogy de Krugger. Essas duas observações nos obrigam a fazer um esclarecimento sobre a relação existente entre a coleção e a sua posterior difusão.

A COLEÇÃO E DIFUSÃO
Os trajes constituídos de uma justaposição de acessórios, é de onde se origina o visual estilístico da coleção, existe somente no momento do desfile ao qual o cliente não tem a oportunidade de assistir. No momento da difusão, se cada roupa for apresentada ao cliente isoladamente do traje já composto e que lhe proporcionava o seu estilo, ela será vestida e usada com falta de conhecimento e respeito ao espírito dentro do qual ela foi criada e concebida. Submetida ao look de seu comprador, ela retorna à sua forma primeira, reduzida ao simples papel de acessório de um ou de vários básicos completamente estranhos a coleção.
Assim o estilo, que somente tem capacidade de perpetuar já passado o desfile, desaparece na maioria das vezes com o desfile. De fato, se muito jovens utilizam, por exemplo, as criações de Jean-Paul Gautier para compor o seu look, a única pessoa integralmente vestida no estilo “Jean-Paul”.
Qualquer que seja dois tipos de reações contrárias e exclusivas: a procura de estabilidadeou o gosto pela mudança.
Nós vamos tentar, no quadro seguinte, analisar essas duas atitudes e as variantes que elas podem gera respectivamente.








As atitudes de moda

Quere sair do efêmero da moda pela:
Busca da Estabilidade
Do
FUNCIONAL
Que dá à roupa sua justificativa
                  UTILITÁRIA
E tira seus modelos principalmente da categoria
SOCIO” e mais particularmente do Sportswear USA
 Atitude de preferência
Jovem.

DO
CLÁSSICO
Que dá à roupa a perenidade de algo
Que nunca sai de moda
E tira seus modelos principalmente da categoria
                         “RÉTRO”
Atitude de preferência
Adulta.



 Sentir prazer nos movimentos da moda pelo:


GOSTO DA MUDANÇA
Que existe
No jogo do FUN
Onde no deixamos inebriar pela moda como uma
LIBERAÇÃO DE RECALQUE
E tira seus modelos principalmente da categoria
ADO
 Atitude de preferência
Jovem.

DO
CLÁSSICO
Que dá à roupa a perenidade de algo
Que nunca sai de moda
E tira seus modelos principalmente da categoria                         “RÉTRO”, ”TECHNÔ”, “SOCIO, “ETHNO” e “ADO”.
Atitude de preferência
Adulta.


A moda é cíclica.


Ciclos da moda. O que vai e volta e como volta à moda

1 Outsider- Deslocado -
Alguém, enjoado com a moda vigente resolve usar um chapéu e é considerado por muitos como uma pessoa de mau gosto e “old fashioned”.

2 Precipice- Preciptação de uso -
Algumas pessoas formadoras de opiniões aderem ao uso desse chapéu e dão início a uma nova tendência de moda.

3 Mainstream – Tendência principal –
As massas aderem a esse uso e todos passam a usar.

4 Decline - declínio –
O uso do tal chapéu se populariza a tal ponto de se desgastar por excesso de uso.

5 Ironic – irônico –
Poucas pessoas insistem em usar o tal chapéu tendo como principal “motto” o sarro e a ironia. O chapéu se torna algo usado como referência ao cômico, engraçado.

6 Nostalgic –  nostálgico – 
O mesmo chapéu dá uma reviravolta misteriosa e expressa fortes sentimentos do passado tornado-se “fashionable”, ganhando status de cult.

7 Conservative – Conservador –
O chapéu ganha porte de um  artigo de grande sensibilidade que se traduz em um item de bom gosto. Alcançando o “establishment”.
      (Tradução: Prof. Dirceu Joaquim de Souza)








Gift illustration by Marcos Borches








3 comentários:

  1. Parabéns por essa postagem. Grandes dúvidas foram eliminadas. Isso que eu chamo de desmistificação. Metodificado e descrito de forma clara e precisa. Muito Origado.

    ResponderExcluir
  2. Uau! Quanta informação. Pelo menos agora eu entendo um monte de coisa.
    Valeu.

    ResponderExcluir